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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mamãe faz cem anos




Olá! Estou de volta com mais um filme que vale a pena da Coleção Folha Cinema Europeu. Desta vez, com o filme Mamãe faz cem anos, de Carlos Saura.

A estrutura do filme é simples: membros de uma família espanhola se reúnem numa casa de campo para celebrar os cem anos da matriarca, porém, traços obssessivos de alguns afilhados e parentes, afloram, nesta narrativa conturbada de Carlos Saura.

Carlos Saura, cineasta espanhol, apresenta uma filmografia diversificada entre a crítica ao regime do ditador Francisco Franco (Cria Cuervos) que governou aquele país por cerca de quarenta anos, e filmes que tratam sobre a ditadura argentina (Tango,) utilizando como motivo principal da sua narrativa, a tradicional dança portenha, o tango.

Mamãe faz cem anos é uma mistura meio rodrigueana (Nelson Rodrigues) com o surrealismo de Buñuel, sobretudo se pensarmos nas peças daquele dramaturgo brasileiro (não sei se Saura leu Nelson) que retratam a sociedade carioca (por que não brasileira?) permeada pela lascívia, o cinismo e o caráter puritano que rege nossas relações com os outros em sociedade. Buñuel, aliás, foi um inspirador de muitos filmes de Carlos Saura mediante a atmosfera meio real e absurda de seus filmes.


terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Blog sobre livro infantil

Quero abrir espaço para comentar o blog de Vivaldo Andrade dos Santos. Este autor, que tive a oportunidade de conhecer em Mariana (Minas), está lançando um livro infantil "O rato que roeu a roupa do rei". Irei ler esta obra e aproveito para indicar este autor que se prima pela seriedade e qualidade naquilo que faz e fez em sua carreira como professor nos EUA. Boa sorte! Precisamos abrir o mercado editorial brasileiro para os novos talentos que pululam aqui e acolá. Site: http://www.vivaldoandradedossantos.com/blog/

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A dama oculta




Aqui vai mais uma dica de um filme de suspense para aqueles que amam este gênero cinematográfico. O filme de hoje é A dama oculta de Alfred Hitchcock.

“Durante viagem de trem pela Europa, a jovem Iris (Margaret Lockwood) torna-se amiga de Miss Froy (May Whitty). Mas a simpática senhora desaparece misteriosamente e, quando Iris investiga seu paradeiro, os passageiros negam tê-la visto. “A Dama Oculta” é o penúltimo filme inglês de Alfred Hitchcock (1899-1980) antes de ir trabalhar nos Estados Unidos” (Folha, site: http://cineeuropeu.folha.com.br/a-dama-oculta-23.html).

Hitchcock cativou os cineastas pelo mundo. O jovem diretor francês, François Truffaut (já comentado aqui no blog) da Nouvelle Vague, o entrevistou nos anos 50 e 60. Para Truffaut e seus colegas, Hitchcock estava entre os maiores cineastas de todos os tempos, ao lado de nomes como Jean Renoir, Federico Fellini, Ingmar Bergman e Luis Buñuel.

Quem não se lembra da película Os pássaros! Eles atacam a população de uma pequena cidade sem que se apresente qualquer motivo para este fato. É um filme que merece ser visto sempre... E sem falar Um corpo que cai... Outro fenomenal filme de Hitchcock. Relata a história de um homem que presencia a queda de um corpo e nada pode fazer para impedi-lo. São pequenas dicas que valem a pena. Até a próxima!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Adeus, meninos!


 
Se você acha que as temáticas dos filmes de guerra se acabaram, está enganado! Se tiver a oportunidade de assistir Adeus, meninos de Louis Malle, garanto que irá se apaixonar por essa narrativa na qual garotos internos de um colégio francês em plena Segunda Grande Guerra Mundial, vivenciam distintas experiências tendo como palco este sangrento conflito mundial.

A narrativa deste filme é envolvente e chama a atenção para o fato de que as crianças apreenderam a Segunda Grande Guerra Mundial na própria pele e duvido que a tenham compreendido plenamente. Pelo menos creio que podemos tirar essa conclusão a partir de Adeus, meninos.

Quanto a Louis Malle podemos dizer que é uma cineasta eclético. Destacarei aqui o filme Perdas e danos (1992), com Juliette Binoche e Jeremy Irons nos papéis principais, como exemplo desta diversidade cinematográfica presente neste diretor francês. Neste filme podemos observar a prisão interior de um homem obcecado pela futura esposa de seu filho.

Louis Malle foi companheiro de Godard, Truffaut dentre outros diretores que ajudaram a formar a Nouvelle Vague, movimento cinematográfico que contribuiu para renovar o cinema moderno francês. Adeus, meninos vale por tudo e pelo sugestivo título que certamente atrairá a atenção do espectador...