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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Camile Claudel, 1915

Em 1915, em um asilo de enfermos, a artista plástica Camile Claudel, encontra-se internada. Esse é o tom deste filme que vale a pena dar uma conferida e é uma pena que não existam muitas salas alternativas que possibilitam assistir fitas como essa!

Para quem não conhece a trajetória desta artista aqui vai uma dica: existe uma película de 1988 que situa os anos em que Camile se relacionou com o artista plástico Auguste Rodin, com uma bela interpretação de Isabelle Adjani.

Depois de ver Camile Claudel, 1915 fico me perguntando se a versão de 88 não era muito apelativa e se esta versão não obscurece a fita atual.

Sei que a película atual me suscitou a seguinte questão: por que será que na França não surgiu uma experiência manicomial na linha de Nise da Silveira em Engenho de Dentro no Rio de Janeiro?

Nise da Silveira foi pioneira no Brasil em fazer dos internos de seu centro de recuperação grandes artistas plásticos: Artur Bispo do Rosário foi um deles. E curiosamente, o cineasta brasileiro Leon Hirszman fez um belo filme contando a trajetória de alguns desses internos na fita Imagens do Inconsciente.

Será que se Camile exercitasse a pintura no manicômio ela não recuperaria o veio artístico que ela perdeu? Não sei a resposta, mas, o filme sobre ela ajuda a pensar essas questões e a relação entre misticismo e arte/loucura através dos personagens de Camile e seu irmão Claude Claudel. Vejam o trailer abaixo!