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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Nicolelis faz um alerta: tá faltando engenheiros no país

Já registrei aqui no blog o livro do neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis (Muito além do nosso eu) e o prêmio que recebeu o ano passado pelo jornal O Globo.

 Miguel Nicolelis é bastante ambicioso e revela em entrevista recente os seus planos para o futuro: ele deseja que "O Walk Again [seja] a semente de uma nova indústria no Brasil, a da tecnologia de reabilitação. Gostaríamos de usar o Walk Again [projeto de criar um exoesqueleto robótico controlado pelo cérebro] como projeto-âncora para lançá-la aqui no Brasil com a construção da infraestrutura do parque neurotecnológico do Câmpus do Cérebro”, diz.

Nessa entrevista, realizada para o site Link no dia 01-04-12, Nicolelis constata, com temor, uma situação que conhecemos tão bem neste país que ainda não percebeu que a educação é a chave para um futuro melhor de nossa população: “Nossa situação é dramática. O déficit de engenheiros que o Brasil tem é gigantesco. E esse é um assunto estratégico. A indústria deste século, sem dúvida, é a do conhecimento e estamos em grande desvantagem. Se não acordarmos agora, não precisamos mais acordar. A janela de oportunidade está se fechando – e rápido.” Confira a entrevista completa neste link.

domingo, 1 de abril de 2012

O cinema argentino está com fólego!

Outro dia tive a oportunidade de assistir dois filmes concretizados na Argentina. Vou comentar um deles hoje.

A película chama-se Aura (El Aura, 2005) e trata-se da co-produção entre a França, Argentina e a Espanha. A narrativa do filme retrata um taxidermista (Arte que consiste em dissecar os animais mortos, para os conservar com aparência de vivos), obscecado com a possibidade de realizar um assalto a um banco. Ele acaba convidando o amigo para a sua empreitada, porém o amigo não enxerga com bons olhos aquela proeza. 

Além dessa característica meticulosa (a obscessão) do personagem principal, temos que este protoganista padece da epilepsia que torna um motivo para que o diretor do filme (Fabián Bielinsky) traduza em imagens poéticas as sensações psíquicas de um epilético e sua relação com o mundo.

Este pequeno resumo sobre este filme não poderia terminar sem fazer a menção ao fato de que é muito difícil de assistir filmes de outras nacionalidades nos cinemas das pequenas e médias cidades brasileiras. É com muita tristeza que constatamos que nosso sistema de exibição brasileiro previlegia o sistema de lotes, coisa que os cineastas brasileiros repugnavam durante os anos sessenta, setenta de oitenta e que perdura até hoje e explico: os exibidores estabelecem um contrato com os grandes distribuidores mundiais, em geral estudunidenses, e passam a exibir, em grande maioria, filmes daquela nacionalidade, prejudicando a exibição de filmes de outros países, inclusive do nosso. Dessa forma, não podemos assistir a filmes argentinos, iranianos, africanos e asiáticos nas cidades menores... É uma lástima! Veja o Triler abaixo.



segunda-feira, 12 de março de 2012

Lírios d'Água

Estou de volta com mais um filme imperdível. A TV Cutura de São Paulo está com uma programação de filmes todo sábado às 22:00 horas que vale a pena conferir. Neste último final de semana ela exibiu a película da diretora francesa Céline Sciamma.

 Lírios d'Água (2007) narra a história de três adolescentes que praticam o nado sincronizado no subúrbio de Paris. No decorrer da narrativa, ambas percebem que não era somente o nado sincronizado que almejavam... Este filme mostra, com delicadeza, os impasses da adolescência, as crises, o desejo, pela ótica de três meninas que percebem o amadurecimento do seus corpos sendo que, ainda não estão preparadas para assumir nenhum compromisso, pois a hora ainda não chegou. Esta difícil conclusão, que já passamos algum dia em nossas vidas, ganha nas telas um olhar feminino para os impasses das meninas durante a adolescência.

Se tiver um tempinho a mais confira reportagem do Estadão neste link e  veja também o triler do filme abaixo.



terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Mamãe faz cem anos




Olá! Estou de volta com mais um filme que vale a pena da Coleção Folha Cinema Europeu. Desta vez, com o filme Mamãe faz cem anos, de Carlos Saura.

A estrutura do filme é simples: membros de uma família espanhola se reúnem numa casa de campo para celebrar os cem anos da matriarca, porém, traços obssessivos de alguns afilhados e parentes, afloram, nesta narrativa conturbada de Carlos Saura.

Carlos Saura, cineasta espanhol, apresenta uma filmografia diversificada entre a crítica ao regime do ditador Francisco Franco (Cria Cuervos) que governou aquele país por cerca de quarenta anos, e filmes que tratam sobre a ditadura argentina (Tango,) utilizando como motivo principal da sua narrativa, a tradicional dança portenha, o tango.

Mamãe faz cem anos é uma mistura meio rodrigueana (Nelson Rodrigues) com o surrealismo de Buñuel, sobretudo se pensarmos nas peças daquele dramaturgo brasileiro (não sei se Saura leu Nelson) que retratam a sociedade carioca (por que não brasileira?) permeada pela lascívia, o cinismo e o caráter puritano que rege nossas relações com os outros em sociedade. Buñuel, aliás, foi um inspirador de muitos filmes de Carlos Saura mediante a atmosfera meio real e absurda de seus filmes.


terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Blog sobre livro infantil

Quero abrir espaço para comentar o blog de Vivaldo Andrade dos Santos. Este autor, que tive a oportunidade de conhecer em Mariana (Minas), está lançando um livro infantil "O rato que roeu a roupa do rei". Irei ler esta obra e aproveito para indicar este autor que se prima pela seriedade e qualidade naquilo que faz e fez em sua carreira como professor nos EUA. Boa sorte! Precisamos abrir o mercado editorial brasileiro para os novos talentos que pululam aqui e acolá. Site: http://www.vivaldoandradedossantos.com/blog/

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A dama oculta




Aqui vai mais uma dica de um filme de suspense para aqueles que amam este gênero cinematográfico. O filme de hoje é A dama oculta de Alfred Hitchcock.

“Durante viagem de trem pela Europa, a jovem Iris (Margaret Lockwood) torna-se amiga de Miss Froy (May Whitty). Mas a simpática senhora desaparece misteriosamente e, quando Iris investiga seu paradeiro, os passageiros negam tê-la visto. “A Dama Oculta” é o penúltimo filme inglês de Alfred Hitchcock (1899-1980) antes de ir trabalhar nos Estados Unidos” (Folha, site: http://cineeuropeu.folha.com.br/a-dama-oculta-23.html).

Hitchcock cativou os cineastas pelo mundo. O jovem diretor francês, François Truffaut (já comentado aqui no blog) da Nouvelle Vague, o entrevistou nos anos 50 e 60. Para Truffaut e seus colegas, Hitchcock estava entre os maiores cineastas de todos os tempos, ao lado de nomes como Jean Renoir, Federico Fellini, Ingmar Bergman e Luis Buñuel.

Quem não se lembra da película Os pássaros! Eles atacam a população de uma pequena cidade sem que se apresente qualquer motivo para este fato. É um filme que merece ser visto sempre... E sem falar Um corpo que cai... Outro fenomenal filme de Hitchcock. Relata a história de um homem que presencia a queda de um corpo e nada pode fazer para impedi-lo. São pequenas dicas que valem a pena. Até a próxima!

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Adeus, meninos!


 
Se você acha que as temáticas dos filmes de guerra se acabaram, está enganado! Se tiver a oportunidade de assistir Adeus, meninos de Louis Malle, garanto que irá se apaixonar por essa narrativa na qual garotos internos de um colégio francês em plena Segunda Grande Guerra Mundial, vivenciam distintas experiências tendo como palco este sangrento conflito mundial.

A narrativa deste filme é envolvente e chama a atenção para o fato de que as crianças apreenderam a Segunda Grande Guerra Mundial na própria pele e duvido que a tenham compreendido plenamente. Pelo menos creio que podemos tirar essa conclusão a partir de Adeus, meninos.

Quanto a Louis Malle podemos dizer que é uma cineasta eclético. Destacarei aqui o filme Perdas e danos (1992), com Juliette Binoche e Jeremy Irons nos papéis principais, como exemplo desta diversidade cinematográfica presente neste diretor francês. Neste filme podemos observar a prisão interior de um homem obcecado pela futura esposa de seu filho.

Louis Malle foi companheiro de Godard, Truffaut dentre outros diretores que ajudaram a formar a Nouvelle Vague, movimento cinematográfico que contribuiu para renovar o cinema moderno francês. Adeus, meninos vale por tudo e pelo sugestivo título que certamente atrairá a atenção do espectador...